terça-feira, 1 de junho de 2010

MEU FORRÓ



Meu Forró (Gabriel Sá)

Meu forró é bagaço
É arame farpado feito de aço
Que não enferruja

Meu forró é fogo
Faiscado de pólvora
Num tiro de garrucha

Meu forró é quarto de milha
Varando a caatinga
Atrás da novilha escura

Meu forró é ligeiro
É baixeiro
E nem precisa de espora

Dar-te-ei antes
Durante e depois
Toda hora

Forró aqui
Acolá
Em todo lugar

O meu forró é junino
É malino
É escola

Tem pra mim
Pra tu
Pra todo mundo que gosta

Ele é molde de Vitalino
Bote de Virgulino
E mote de Gonzagão

Meu forró é pau
É pedra
O meu forró é foda

Meu forró é tudo isso
E pense num rebuliço
Que vai ser agora.